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A solidão não tem uma voz, são grunhidos vindos de um estômago vazio que arde e de um intestino reto que, não obstante, ressoa e umedece como a urina quente que, vinte anos atrás, insistia em escorrer todas as manhãs na cama trazendo conforto amniótico e uma sensação de descoberta tão indescritível quanto a de tocar, pela primeira vez, bexigas cheias d'água que, fatidicamente, você irá apertar até estourar. Não haverá água. Gotas escorrerão na janela enquanto você está excitado com algo que só se concretizará em uma tela brilhando mais que tudo ao redor.
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